A ex-prefeita de Jandaíra e atual secretária estadual de Turismo do Rio Grande do Norte, Marina Marinho, se envolveu em uma polêmica após declarar, durante uma entrevista, que se for candidata a deputada estadual, "quero o voto de todo mundo, menos o de meu pai." A fala, carregada de tensão pessoal e política, caiu como uma bomba no meio político potiguar e vem gerando reações negativas nas redes sociais e entre aliados.
A frase pegou mal não apenas pela dureza com que foi proferida, mas pelo contexto familiar envolvido. O pai de Marina, Fábio Marinho, tem histórico político na região e, apesar das diferenças que possam existir entre os dois, o ataque público surpreendeu até mesmo adversários. Muitos enxergaram a fala como desnecessária, marcada por ressentimento e falta de diplomacia, especialmente para alguém que ocupa um cargo de confiança no governo estadual e pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
Críticos argumentam que, independentemente de desentendimentos familiares ou divergências políticas, trazer questões pessoais a público com esse tom pode prejudicar sua imagem e minar sua tentativa de construir uma base sólida para uma possível candidatura. A política exige maturidade, articulação e capacidade de diálogo — inclusive com os próprios familiares.
Por outro lado, apoiadores de Marina tentam minimizar o impacto, dizendo que a frase foi um desabafo espontâneo, fruto de mágoas acumuladas, e que não deve ser interpretada fora de contexto. Ainda assim, mesmo nesse cenário, a percepção pública já foi afetada. Em política, a forma como se fala pesa tanto quanto o conteúdo.
Resta saber como Marina Marinho irá se posicionar nos próximos dias. Um pedido de desculpas ou uma explicação mais detalhada pode amenizar o desgaste. Mas uma coisa é certa: em um ambiente onde cada palavra é analisada à lupa, declarações como essa deixam marcas — e votos — difíceis de recuperar.
0 Comentários