“Saúde pública não é promessa, é dever do Estado”. Com essa declaração, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, destacou neste sábado (27) a importância da reforma do Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, durante visita às obras da principal unidade de urgência e emergência do interior.
O investimento total é de R$ 10,3 milhões, dos quais R$ 1,5 milhão já foram executados. A obra, que é a primeira grande intervenção estrutural em mais de 37 anos de funcionamento do hospital, vem sendo acompanhada de perto pela gestão estadual. “A obra está escalando, está acelerada, nos dá a condição de reafirmar o compromisso que nós assumimos com Mossoró e com toda a região, que era de, no nosso governo, deixar um dos maiores legados em matéria de ecossistema de atendimento à saúde à população, do Vale do Açu até o Alto Oeste, com a reforma completa do Tarcísio Maia”, afirmou Fátima. A governadora lembrou ainda que esse investimento se soma ao funcionamento do Hospital da Mulher, à reabertura do Hospital da Polícia Militar e à manutenção do Rafael Fernandes.
Na primeira etapa, o necrotério foi concluído. Outras áreas estão em fase de acabamento: a pediatria avança com instalação de piso e ar-condicionado; a lavanderia recebeu uma nova máquina de secar, aguardando aquisição das máquinas de lavar; a área de nutrição está em finalização, com utensílios em fase de compra; e a farmácia passa por pintura. O próximo passo será a reforma dos prontos-socorros feminino e masculino, com previsão de conclusão até março de 2026.
Para a diretora-geral do hospital, Karina Nóbrega, a transformação já é perceptível no cotidiano da unidade. “O hospital terá um equipamento extremamente preparado para atender à população, que já faz isso com muita maestria. O governo do Estado tem trabalhado em parceria com todos os hospitais e o resultado está sendo muito positivo”, destacou.
A coordenadora regional de saúde, Saudade Azevedo, reforçou a expectativa da equipe com a entrega. “Com a conclusão dessa reforma, a gente vai conseguir dar um maior tempo de resposta, uma melhor ambiência, um melhor cuidado a esses pacientes. Vamos aumentar o número de leitos e poder cuidar mais, cuidar melhor e salvar vidas, que é o nosso papel”, afirmou.
Quem está na linha de frente também percebe a mudança. Técnico de enfermagem do Tarcísio Maia, Marcos Aurélio falou da experiência de quem convive diariamente com a alta demanda. “A reforma vem para melhorar a qualidade do serviço, o espaço que já estava precisando há muito tempo. A região Oeste tem uma demanda muito grande, e o hospital é referência não só para o Rio Grande do Norte, mas também para estados vizinhos. Agradecemos à governadora e às forças políticas envolvidas nesse projeto, porque isso é muito importante para a população”, relatou.
Localizado no bairro Aeroporto, o Hospital Regional Tarcísio Maia é referência para cerca de 60 municípios da região Oeste e, em momentos de maior demanda, já chegou a atender pacientes de mais de 100 cidades. Um dado que revela o peso da unidade é que mais de 60% dos atendimentos são de moradores de Mossoró. Isso demonstra tanto a relevância do hospital para toda a região quanto a centralidade de Mossoró como polo de saúde. Caso o município dispusesse de um hospital municipal de urgência e emergência, o tempo de resposta e a resolutividade dos casos poderiam ser ainda maiores, desafogando a rede estadual.
Além da reforma estrutural, a governadora destacou o conjunto de ações realizadas na saúde pública regional nos últimos anos. “Pela primeira vez, o Tarcísio Maia passa por uma reforma pra valer e será entregue de forma definitiva até março. Somado ao Hospital da Mulher, que já está funcionando plenamente e onde mais de 130 bebês já nasceram, ao Hospital da Polícia Militar e ao Rafael Fernandes, estamos regionalizando de fato a assistência à saúde. É esse legado que queremos deixar para Mossoró e para o Oeste”, afirmou Fátima.
Outro aspecto fundamental do processo foi ressaltado pelo diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Werner Farkatt Tabosa. Segundo ele, a regularização ambiental dos hospitais representa segurança e acesso a novos recursos: “Hoje todos os hospitais do estado têm a licença ambiental, muitos nunca tiveram. Isso garante segurança jurídica, ambiental e econômica, além de permitir que o Estado receba recursos federais antes bloqueados pela ausência do licenciamento.”
O investimento na obra conta com emenda parlamentar do senador Styvenson Valentim.
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