Essa foto da vila de Luiz de Pompilha ainda em casa de barro batido torna-se histórica. Retirada do fundo do baú, ela nos transporta diretamente aos anos 80, quando o Distrito de Baixa do Meio vivia uma realidade simples, marcada pela ausência de energia elétrica e pelo cotidiano pacato de um povoado em formação.
A imagem retrata a Rua Mestre Luiz Geremia, vista por trás da Escola Jessé Freire, em um tempo em que as casas eram construídas com barro batido, madeira e telhas simples — verdadeiros testemunhos da luta e da resistência de uma comunidade que crescia com esforço coletivo e esperança no futuro.
Naquele tempo, o progresso parecia distante. As noites eram iluminadas por lamparinas e candeeiros, e o silêncio só era interrompido pelos sons naturais do sertão. Não havia infraestrutura, mas havia união, histórias compartilhadas à porta das casas e crianças brincando nas ruas de terra batida.
Hoje, o cenário é outro. A mesma rua que outrora abrigava casas humildes de barro, abriga agora construções modernas, residências de alvenaria e prédios públicos. O progresso chegou trazendo consigo urbanização, iluminação, e, com orgulho para a população local, a instalação do CID (Centro Integrado de Desenvolvimento), um símbolo do avanço social e estrutural da região.
Esse contraste entre o ontem e o hoje é um testemunho vivo da transformação de Baixa do Meio. Uma vila que nasceu do barro e da coragem, e que hoje ergue-se sobre bases sólidas, sem esquecer suas raízes. A fotografia, agora histórica, é mais que um registro: é uma ponte entre gerações, um lembrete de onde viemos e do quanto avançamos.
0 Comentários