A Justiça condenou o ex-vereador Nilson Gomes da Costa, de Parnamirim, e três ex-assessores por manterem “funcionários fantasmas” na Câmara Municipal entre 2001 e 2004 — um esquema que sangrou o dinheiro público por anos. A decisão é da 1ª Vara da Fazenda Pública e atende a um pedido do Ministério Público do RN (MPRN).
Segundo a sentença, os ex-assessores Cynthia Gomes da Costa, João Pereira da Silva Filho e Vivienne Bessa da Silva terão que devolver R$ 323.736,21 aos cofres públicos, valor que será corrigido e ainda vai render juros de 1% ao mês.
Nilson Gomes, responsável pelas nomeações, foi condenado por ato de improbidade — ou seja, por usar o cargo para facilitar o desvio de dinheiro —, mas ficou livre do ressarcimento, já que o prejuízo corresponde ao que os ex-assessores embolsaram.
A investigação mostrou que o trio nunca teve expediente fixo, folha de ponto ou relatório de trabalho. Cynthia, filha do ex-vereador, dizia cuidar da “agenda política” do pai; João Pereira admitiu que atuava como motorista; e Vivienne fazia triagem de pedidos de eleitores. Ou seja: ninguém pisava na Câmara, mas o salário caía certinho todo mês.
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