Durante o mês de novembro, o Brasil terá, simbolicamente, uma nova capital: Belém do Pará. A mudança, aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (25), ocorrerá entre os dias 11 e 21 de novembro, durante a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A proposta está prevista no Projeto de Lei 358/2025, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG), e agora segue para análise no Senado.
A iniciativa visa destacar a importância da Amazônia no debate global sobre mudanças climáticas e promover maior proximidade entre autoridades brasileiras e delegações internacionais. Durante o período, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário terão sua sede transferida temporariamente de Brasília para Belém. Atos oficiais do presidente da República e ministros serão datados na capital paraense.
O deputado José Priante (MDB-PA), relator do projeto, lembrou que a medida tem precedentes, como na Rio 92, quando a capital simbólica do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Para ele, o gesto reforça o compromisso do Brasil com a agenda ambiental. A proposta foi aprovada por 304 votos a favor e 64 contrários. As principais críticas vieram do partido Novo, que alegou custos adicionais com a estrutura logística da mudança simbólica.
Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, o governo estadual também vive uma mudança simbólica. Entre os dias 25 e 28 de setembro, a sede do Governo do Estado foi transferida para Mossoró, a segunda maior cidade potiguar. A medida, autorizada pela Assembleia Legislativa, tem caráter tradicional e busca fortalecer a presença institucional do governo na Região Oeste, especialmente durante a Festa da Liberdade, evento histórico e cultural do município.
Durante esses dias, a governadora Fátima Bezerra (PT) e sua equipe despacham diretamente da Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). A transferência é vista como uma forma de valorização da cultura local e de aproximação com a população do interior. A instalação oficial do Governo em Mossoró ocorreu na manhã desta quinta-feira (25), com cerimônia no pátio da reitoria.
Ambas as ações, em Belém e Mossoró, têm em comum o objetivo de descentralizar a administração pública, promover integração com diferentes regiões do país e valorizar pautas relevantes — como a sustentabilidade no caso da COP30 e a preservação da história local no caso potiguar. Coincidentemente, os dois governos envolvidos nas transferências simbólicas são liderados por gestões do Partido dos Trabalhadores (PT), reforçando o discurso de presença institucional e diálogo com a sociedade.
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