ESCÂNDALO NO INSS: Justiça Bloqueia R$ 500 Milhões em Bens de Associação Ligada ao Potiguar Abraão Lincoln


Mais um escândalo envolvendo o nome do ex-suplente de deputado federal Abraão Lincoln ganha destaque nacional. A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 513 milhões em bens de associações ligadas ao potiguar, que atualmente preside a Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA). A medida faz parte de uma ampla ofensiva da Advocacia-Geral da União (AGU) contra fraudes cometidas no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e que já resultou no congelamento de R$ 2,8 bilhões em ativos.

Abraão Lincoln já possui um histórico de envolvimento em escândalos. Em 18 de novembro de 2015, foi preso no Presídio Central de Porto Alegre, acusado de participação em um esquema criminoso de venda ilegal de permissões para a pesca industrial. Agora, volta ao centro das investigações, desta vez em um esquema que atinge diretamente aposentados e pensionistas do INSS.

As apurações revelam que associações, empresas de fachada e escritórios de advocacia estariam envolvidos em práticas como descontos indevidos em benefícios, intermediação de propinas e fraudes em contratos de consignados. Tais práticas teriam sido facilitadas com o uso da estrutura e influência de entidades como a própria CNPA, sob comando de Lincoln.

A nova operação da AGU evidencia o uso indevido de entidades representativas para prejudicar beneficiários da Previdência Social, com destaque para a atuação de associações de fachada que simulavam representar pescadores, mas que, na prática, serviam como canal para desviar recursos públicos e cooptar favorecimentos.

As autoridades seguem investigando a extensão da participação de Lincoln e dos demais envolvidos. Caso se confirme o envolvimento direto dele e das associações sob sua influência, o caso pode representar um dos maiores esquemas de fraude contra o INSS dos últimos anos.

O escândalo reacende o debate sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência nas entidades que intermediam políticas públicas voltadas a categorias profissionais vulneráveis, como pescadores artesanais, aposentados e pensionistas.

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