Como de costume, os mininos se reuniram na calçada na última segunda-feira à noite. Já é tradição ali na rua: toda semana tem esse encontro sagrado. Entre risadas, conversa fiada, e claro, muito zunzunzum. E você sabe… quando os mininos se ajuntam, o centro da cidade inteira parece que para pra escutar.
A resenha desta segunda tava totalmente diferente. A pauta não podia ser outra: o muído que estourou nos grupos de WhatsApp durante o dia todinho. Ninguém falava de outra coisa. Tinha áudio, print, até figurinha circulando — uma verdadeira tempestade digital.
A conversa ia e vinha até que o clima esquentou de vez quando um dos mininos lançou:
— Tu é daqueles que quer tirar proveito de tudo, até da miserabilidade dos outros, é?
Foi tiro e queda. O outro, com a língua mais afiada que faca de cortar jerimum, rebateu na hora:
— Esse muído de Willamy e Bizibil já tá passando dos limites! O que era pra ser uma cena comum, banalizou!
O burburinho ficou sério. Todo mundo parou. Uns se entreolharam, outros fingiram que tavam mexendo no celular, mas ninguém queria perder nada. O clima pesou, como se o ar tivesse ficado mais denso.
E não é que o muído foi tão grande, mas tão grande, que mesmo na manhã da terça-feira ainda tinha eco nos cantos da cidade? No mercadinho, na bodega, na barbearia… todo mundo só falava disso. E o povo perguntando:
— Rapaz, tu viu o que aconteceu com Willama e Bizibil?
Daquele jeito, o que era pra ser só mais uma noite qualquer na calçada virou história pra muito tempo. E, pelo visto, esse muído ainda vai render muita prosa por aí…
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