Na última quinta-feira, fui surpreendido por uma cena que muitos moradores de Macau já devem conhecer bem: a viatura da DMUT (Departamento Municipal de Trânsito e transporte) circulando pela cidade, multando motoristas em um cenário de caos total. O que parecia ser uma operação de fiscalização, na verdade, se revelou mais uma ação de arrecadação sem o mínimo de respeito aos cidadãos e sem qualquer esforço visível para melhorar a infraestrutura da cidade. O que começou como um simples exercício de rotina se transformou em um reflexo da atual gestão da prefeita Flávia Veras, que, até o momento, parece mais preocupada com a arrecadação do que com o bem-estar da população.
A criação do DMUT foi anunciada com o objetivo de melhorar o trânsito e, principalmente, arrecadar recursos para o município. No entanto, a realidade em Macau é outra: não há investimentos claros em sinalização adequada, como placas, faixas de pedestres e semáforos. A cidade segue desorganizada, e os motoristas, sem qualquer orientação, são penalizados com multas que mais parecem um simples meio de aumento de receita.
Na tarde de ontem, me vi parado dentro do meu carro em frente ao supermercado Rede Mais, no centro de Macau. O trânsito estava completamente desorganizado, com carros por todos os lados, mas sem nenhuma sinalização que indicasse onde estacionar ou qual o comportamento esperado dos motoristas. Enquanto observava a confusão, uma viatura da DMUT se aproximou e, de maneira impessoal e intransigente, o agente de trânsito tirou uma foto do meu veículo.
Ao perceber a ação, me dirigi até a viatura para entender o que estava acontecendo. Perguntei ao agente qual o motivo da fotografia, já que, ali, eu não via nenhuma placa que indicasse proibição de estacionamento ou qualquer outra infração. A resposta foi um simples e arrogante: "Você está parado em local proibido". Ao questioná-lo sobre onde estava a sinalização que comprovava isso, ele, sem paciência, respondeu que estava "trabalhando" e fechou o vidro da viatura.
Este tipo de atitude demonstra a falta de compromisso da administração pública com a educação e a orientação ao cidadão. Não bastasse a total ausência de infraestrutura adequada para o trânsito, o tratamento impessoal e ríspido por parte dos agentes da DMUT só reforça a sensação de que o objetivo da prefeitura não é educar, mas sim multar e arrecadar de qualquer forma.
Será que era isso que os moradores de Macau esperavam da gestão de Flávia Veras? Um departamento de trânsito que, ao invés de promover um trânsito mais seguro e organizado, se limita a aplicar multas sem oferecer qualquer melhoria significativa para a cidade? A falta de investimento em sinalização e a postura autoritária de seus agentes mostram uma gestão que foca mais na arrecadação do que no real compromisso com o bem-estar da população.
Em vez de multar sem dar explicações, o que a população espera é ver investimentos reais no trânsito, como placas de sinalização visíveis, faixas de pedestres que respeitem a segurança dos cidadãos e semáforos que funcionem adequadamente. O que vemos hoje é a falta de respeito por parte da administração pública, que coloca a arrecadação à frente do que realmente importa: a qualidade de vida de quem vive na cidade.
Que a gestão da prefeita Flávia Veras olhe mais para as necessidades da população e comece a trabalhar para resolver os problemas de infraestrutura que afligem os moradores de Macau. Caso contrário, o que se verá é um ciclo contínuo de multas e descontentamento, sem nenhuma perspectiva de melhoria real para a cidade.
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