Nos becos discretos da política guamareense, onde os passos são silenciosos e as palavras carregam mais do que dizem, ressurge ele — o nosso repórter secreto, o enigmático “Gato Preto”. Sempre atento, farejando os bastidores como quem conhece os atalhos da velha política, o felino andou circulando por pontos estratégicos da cidade. E neste domingo, foi visto onde poucos têm coragem de sentar: na calçada de um parlamentar, café na mão e ouvidos apurados.
Segundo o próprio Gato, “os bastidores estão quentíssimos em Guamaré”. E ele não exagera. As articulações para a nova mesa diretora da Câmara fervem nos bastidores, enquanto nos microfones oficiais ecoam apenas discursos tímidos sobre “responsabilidade e moralidade”.
Durante a conversa matinal, um curioso aproveitou o clima descontraído e soltou duas perguntas atravessadas:
— “Chaninho, em quem você votou na última eleição para presidente? E quem você votará nessa nova eleição?”
Sem piscar, o Gato soltou a resposta com a astúcia de quem já viu muita coisa:
— “Quero lhe dizer que o voto é secreto. Quanto à história do novo voto, ligue no meu privado ou me procure pessoalmente, que eu lhe darei a resposta.”
Enquanto a prosa corria solta, o Gato, sempre perspicaz, captou o que parecia ser uma revelação reservada: o vereador com quem tomava café está de olho na vice-presidência da Câmara — cargo prestes a vagar e que já desperta apetite político. Segundo o edil, a corrida por espaço já começou, e os próximos dias prometem movimentações intensas — e, quem sabe, até deselegantes.
Nesse xadrez político, cada peça se move com estratégias distintas: uns, armados de discursos decorados; outros, silenciosamente, pavimentando o caminho com trabalho e articulação. O que está em jogo vai além de um simples cargo: trata-se de respeito à população que depositou confiança nas urnas.
Guamaré, como bem sabe o Gato Preto, vive um momento em que a moralidade anda sendo testada a cada esquina. Por isso, a escolha da nova mesa diretora exige mais que alianças — exige prudência. Os apressados (ou “avexadinhos”, como dizem por aí) precisam entender que este movimento mal começou.
Enquanto isso, a oposição segue dividida: de um lado, dois parlamentares do Podemos; de outro, dois do Progressistas. Sem unidade, viram aprendiz em campo de veteranos. Já o grupo da situação mantém-se coeso e focado em resolver os gargalos herdados. O jogo está apenas no primeiro tempo — ainda restam 18 meses de mandato, do primeiro biênio, tempo suficiente para grandes viradas… ou escorregões.
Por fim, antes que outra pergunta indiscreta aparecesse, o Gato Preto, sempre elegante, deu seu “bom dia” ao parlamentar e saiu... faceiro, faceiro.
Viiiixxeee!!!
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