No dia 21 de março de 1932, foi instituída no Brasil a Carteira Profissional, marco fundamental na história das relações trabalhistas do país. Criada por meio de um decreto do então presidente Getúlio Vargas, essa medida fazia parte de um conjunto mais amplo de ações voltadas à valorização e à proteção do trabalhador, pilares centrais da política trabalhista do governo Vargas.
A Carteira Profissional tinha como principal objetivo registrar oficialmente os vínculos de emprego, garantindo maior segurança jurídica tanto para empregadores quanto para empregados. Com o passar do tempo, esse documento evoluiu e passou a se chamar Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), consolidando-se como um dos mais importantes instrumentos de garantia dos direitos trabalhistas no Brasil.
Por meio da CTPS, tornou-se possível o controle mais efetivo sobre jornadas de trabalho, salários, férias, contribuições à previdência social, entre outros direitos. A criação da carteira foi, portanto, um passo essencial para a regulamentação do trabalho no país, e reforçou o papel do Estado como mediador das relações entre capital e trabalho.
A iniciativa também refletia o novo momento político e social do Brasil na década de 1930, quando o governo buscava promover uma imagem de modernização e compromisso com a justiça social. Até hoje, a CTPS permanece como símbolo de cidadania e de acesso aos direitos trabalhistas formais, representando um legado importante da Era Vargas.
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