Movimentação importante no processo em que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) pede a cassação e inelegibilidade de Paulinho Freire, Joana Guerra, Daniel Rendall e Irapoã Nobrega, além da inelegibilidade do ex-prefeito Álvaro Dias. A justiça eleitoral em primeira instância suspendeu o processo para esperar manifestção do Tribunal Regional Eleitoral sobre o andamento da lide.
Os vereadores Daniel Rendall e Irapoã Nobrega, além de Victor Diogénes parente de Álvaro Dias, pediram, na condição de recurso ao TRE, a nulidade das decisões de busca e apreensão que inauguraram o processo, bem como a ilicitude das provas. Daí que o magistrado da justiça eleitoral Raimundo Carlyle suspendeu por entender que pode ser prejudicial ao andamento da disputa judicial que trata da já referida acusação.
Portanto, até o TRE se manifestar sobre parte da coleta de evidências realizada a partir de busca e apreensão nas secretarias da prefeitura do Natal e no partido republicanos, além da validade das provas, o processo ficará paralisado.
As buscas e apreensões realizadas pelo GAECO com autorização judicial após as eleições encontraram, por exemplo, a utilização da máquina pública na distribuição de serviços em troca de apoio político, uso dos quadros da prefeitura, possível troca de apoio político por cargos, etc. No partido republicanos, espécie de comitê paralelo da prefeitura do Natal durante a campanha, o GAECO coletou, por exemplo, a organização de listas com a distribuição de cargos da prefeitura para políticos, escritos sobre reuniões de Paulinho Freire com secretários para utilização da máquina nas regiões de Natal, etc.
Em outros momentos da investigação, o GAECO também teve acesso a conversas de whatsapp, algumas das quais com a participação do próprio ex-prefeito Álvaro Dias, testemunhos e documentos que mostram a compra de votos, transporte irregular de eleitores, assédio de servidores, uso de carros das secretarias em eventos de campanha e outros crimes eleitorais.
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