Você sabia que, antes de ser político, João Pedro foi um grande pecuarista na época do “algodão, o ouro branco”, em Baixa do Meio?

Antes mesmo de ingressar na vida pública, João Pedro Filho já era um nome de respeito e admiração no Distrito de Baixa do Meio, no município de Guamaré. Foi um dos maiores produtores e compradores de algodão da região, além de um destacado pecuarista. Sua atuação no campo não apenas consolidou seu sucesso pessoal, mas também sustentou milhares de famílias nas décadas de 1970 e 1980, quando o algodão — o chamado "ouro branco" — era a principal fonte de renda do Rio Grande do Norte.

Naquele tempo, Baixa do Meio pulsava com o vigor do trabalho no campo. Os caminhões carregados de algodão seguiam para exportação, levando consigo o suor e a esperança de um povo. João Pedro Filho foi um dos pilares dessa era de prosperidade. Com visão, coragem e compromisso, tornou-se referência entre os maiores exportadores da fibra na região, gerando emprego, dignidade e desenvolvimento para toda a comunidade.

Contudo, o tempo foi implacável. A devastação causada pela praga do bicudo feriu profundamente a economia do algodão, e com ela, uma parte essencial da identidade de Baixa do Meio. As plantações sumiram, os galpões silenciaram e a lembrança dos dias de abundância tornou-se poeira levada pelo vento. Como dizem os mais antigos: "O ouro branco nunca irá reluzir novamente como antigamente".

Hoje, após sua partida, restam-nos a saudade e o reconhecimento. A memória de João Pedro Filho permanece viva nas histórias contadas à beira da calçada, nas fotografias antigas e, sobretudo, na gratidão silenciosa de um povo que jamais esquecerá seu legado.

Sua trajetória é uma lição de trabalho, coragem e amor por sua terra. João Pedro Filho não foi apenas um produtor ou um político — foi um homem à frente do seu tempo, cuja marca continuará gravada para sempre na alma de Baixa do Meio.