Na última quinta-feira, dia 14, a Polícia Federal deflagrou a "Operação Estafeta", resultando na prisão do prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos). A operação visa desmantelar um suposto esquema de corrupção envolvendo a administração municipal. Como parte da ação, o prefeito foi afastado do cargo por um ano e terá que usar tornozeleira eletrônica, conforme decisão da Justiça de São Paulo.
A investigação teve início em julho, quando a Polícia Federal apreendeu R$ 14 milhões em espécie — entre reais e dólares — que estavam em posse de um servidor público. O indivíduo, que estaria envolvido com a organização criminosa, despertou a atenção das autoridades. A partir dessa apreensão, a PF ampliou as investigações, que culminaram em uma série de operações e prisões.
Além de Marcelo Lima, outros membros influentes da política local também são alvos da operação. O presidente da Câmara Municipal, vereador Danilo Lima Ramos (Podemos) — primo do prefeito — e o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB) também estão sendo investigados. Segundo as investigações, todos estariam envolvidos no esquema de corrupção que vinha sendo conduzido dentro da administração municipal.
As investigações indicam a prática de crimes como lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, e fraude em licitações. A Polícia Federal tem trabalhado para mapear a extensão da rede de corrupção e os responsáveis por garantir o fluxo ilícito de dinheiro público.
Com a prisão de Marcelo Lima e o afastamento temporário de sua função, a Prefeitura de São Bernardo do Campo passa a ser gerida interinamente até que novas decisões judiciais sejam tomadas. A operação é um reflexo do esforço das autoridades em combater a corrupção em todas as esferas do poder público, especialmente em tempos onde a transparência e o combate à impunidade têm sido pautas recorrentes.
O caso segue sendo investigado, e novas atualizações podem surgir à medida que os envolvidos forem ouvidos e os detalhes do esquema venham à tona.
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