"Mais vale calar um sentimento do que manifestar amor a quem não pode compreender."
Há sentimentos que nascem silenciosos e assim devem permanecer. Nem todo amor precisa ser dito, e nem toda verdade encontra espaço para ser ouvida. Às vezes, o coração fala uma língua que o outro ainda não aprendeu a entender — ou talvez nunca vá entender.
Manifestar amor a quem não está pronto para recebê-lo é como entregar flores a quem não enxerga beleza: o gesto se perde, o significado se esvai. Não se trata de covardia ou omissão, mas de sabedoria emocional. Calar, nesse caso, é preservar. É respeitar o tempo do outro e, acima de tudo, cuidar de si.
O silêncio, por mais que doa, pode ser um gesto de amor-próprio. Ele evita o desgaste, o mal-entendido, o sofrimento desnecessário. Há valor em guardar o que é puro, especialmente quando o mundo ao redor não tem espaço para acolher o que é verdadeiro.
Nem sempre o sentimento precisa virar palavra. Às vezes, ele só precisa existir — em paz, dentro de nós.
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