Alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na quarta-feira, o pastor Silas Malafaia vinha disparando mensagens de Whatsapp nos últimos dias com vídeos de políticos em seu apoio, além de um abaixo-assinado de 26 lideranças evangélicas que repudiam a medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora tenha tentado mobilizar uma onda de solidariedade ao seu redor, ausências na lista falam muito sobre a falta de coesão no segmento e a rejeição ao seu nome.
Ficaram em silêncio o bispo Edir Macedo, da igreja Universal do Reino de Deus; o missionário R.R. Soares, da igreja Internacional da Graça de Deus; e o apóstolo Valdemiro Santiago, da igreja Mundial do Poder de Deus.
Desde os anos 80, o G-4 dos televangelistas neopentecostais costuma brigar por política ou por negócios — são décadas de divergências públicas sobre quais candidatos apoiar, além de concorrências milionárias entre si por espaços nas emissoras de rádio e TV.
Embora as lideranças evangélicas tenham apoiado Bolsonaro em 2018 e 2022, incomoda demais a todos o nível de influência que Malafaia conquistou com o ex-presidente. O relatório da PF divulgado anteontem é a maior prova de que o pastor tornou-se uma espécie de Rasputin do ex-presidente. Além de mostrar alguém confortável em chamar Eduardo Bolsonaro de ‘babaca’ para o próprio pai, os diálogos pelo Whatsapp evidenciam que a opinião do pastor está sendo muito levada em conta na crise do tarifaço.
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