Jair Bolsonaro em prisão domiciliar: ex-presidente é o quarto a ser preso desde a redemocratização


Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente da República, teve prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Com a medida, Bolsonaro se torna o quarto ex-mandatário brasileiro a ser preso desde a redemocratização do país em 1985. Antes dele, Fernando Collor, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva também enfrentaram episódios de prisão, cada um em contextos distintos e relacionados a investigações de corrupção e outros crimes.

Fernando Collor

Fernando Collor de Mello, que presidiu o Brasil entre 1990 e 1992, foi preso em 24 de abril deste ano, em Maceió (AL), enquanto se dirigia a Brasília para cumprir espontaneamente a ordem do STF, também proferida pelo ministro Alexandre de Moraes. Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor foi apontado como envolvido em um esquema de corrupção na BR Distribuidora.

No mês seguinte à prisão, o Supremo autorizou que Collor cumprisse a pena em prisão domiciliar por razões humanitárias, após a defesa apresentar laudos médicos comprovando que o ex-presidente sofre de doenças graves como Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

Michel Temer

Michel Temer, presidente entre 2016 e 2018, foi preso preventivamente em março de 2019, no âmbito da Operação Descontaminação, um desdobramento da Lava Jato. A operação investigou esquemas de corrupção envolvendo a construção da usina nuclear Angra 3, no Rio de Janeiro. O ex-presidente foi acusado de participar de um esquema de propina no valor de R$ 1,1 milhão, segundo delação do empresário José Antunes Sobrinho.

Temer ficou preso por quatro noites na sede da Polícia Federal, até ser libertado por decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional

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