Hospital da Mulher em Mossoró realiza primeiro parto após mais de dois anos da inauguração

GoveRio Grande do Norteo do RN convoca 147 profissionais para ampliar serviços do Hospital da Mulher - Foto: Sandro Menezes/AssecomO Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, realizou nesta sexta-feira 22 o primeiro parto desde sua inauguração em dezembro de 2022. A unidade passou a operar com 100% dos serviços após o início das maternidades.

Segundo apurou o g1 RN, a coordenadora do Centro de Parto Normal do hospital, Janaíne Oliveira, explicou que a demora ocorreu em razão do cronograma da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da convocação de profissionais especializados.

“A Sesap vem cumprindo um cronograma de abertura do serviço, até para garantir a questão da qualidade técnica, da segurança técnica também, de receber o serviço que a gente vem realmente cumprindo”, disse.

“Até pela própria questão também de dificuldade orçamentária, da gente ter a contratação dessas pessoas, seja por concurso público, seletivo, contratação também de outras empresas, para garantir realmente o dimensionamento e o atendimento da população de forma realmente correta. E foi necessário que a gente realmente tivesse esse tempo, e a gente vem cumprindo esse cronograma de abertura”, completou.

Para viabilizar a abertura, o governo convocou 147 novos profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem e técnicos em nutrição. Até agosto, 120 já haviam se apresentado.

O primeiro bebê nasceu de Jackeline Araújo Silva Pereira, de 24 anos, que saiu do município de São Miguel, no Alto Oeste potiguar. O menino, chamado Bruno, nasceu com 3,5 kg e 51 cm. “Foi um bebê que nasceu por uma cirurgia cesariana, realmente com a necessidade de realizar a cesariana. Ele nasceu bem, e a mãe também está super bem”, explicou o diretor técnico do Hospital da Mulher, Hugo Aguiar.

“Tratava-se, de fato, de uma gestação de risco. E aí a gente não poderia mais postergar o nascimento do bebê. Então, a cesariana foi indicada e realizada com sucesso”, completou.

O hospital atende mulheres de 63 municípios da região Oeste, via sistema de regulação estadual. No total, seis leitos foram inaugurados para partos.

Janaíne Oliveira explicou como será o fluxo para as gestantes. “Logicamente, em alguns momentos, quando o paciente chega por demanda espontânea, a gente acolhe, vai compreender, fazer o atendimento dessa gestante, entender um pouco se realmente ela é uma paciente com esse perfil para cá, como é que a gente pode estar ajudando e contribuindo”, afirmou.

“Especialmente pessoas do nosso entorno, da nossa vizinhança, que geralmente, por ser mais próxima, elas podem ter essa condição de estar procurando o serviço”, acrescentou.

Além das maternidades, o hospital realiza cerca de 30 atendimentos diários no pronto-socorro de urgências ginecológicas e aproximadamente 5 mil atendimentos mensais no ambulatório, incluindo acompanhamento pré-natal.

A estrutura do Centro de Parto conta com cinco leitos para partos normais e um para casos de alto risco, como cesarianas.

“Pensando realmente em utilização da presença do enfermeiro obstétrico dentro da cena de parto. Na verdade, é uma condição que a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde trazem como potencial para diminuir as taxas de intervenções desnecessárias. Então, a gente vem apostando nisso”, explicou Janaíne.

“É bem importante esclarecer que não é que a gente coloque a situação de que toda mulher aqui tem que parir normal, não é isso. Mas a gente compreende que aquelas mulheres que têm possibilidade de ter normal, que elas realmente tenham essas condições favoráveis para que isso aconteça”, completou.

Também foram inauguradas cinco UTIs neonatais e cinco unidades de cuidados intermediários.

Postar um comentário

0 Comentários