O Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, realizou nesta sexta-feira 22 o primeiro parto desde sua inauguração em dezembro de 2022. A unidade passou a operar com 100% dos serviços após o início das maternidades.
Segundo apurou o g1 RN, a coordenadora do Centro de Parto Normal do hospital, Janaíne Oliveira, explicou que a demora ocorreu em razão do cronograma da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e da convocação de profissionais especializados.
“A Sesap vem cumprindo um cronograma de abertura do serviço, até para garantir a questão da qualidade técnica, da segurança técnica também, de receber o serviço que a gente vem realmente cumprindo”, disse.
“Até pela própria questão também de dificuldade orçamentária, da gente ter a contratação dessas pessoas, seja por concurso público, seletivo, contratação também de outras empresas, para garantir realmente o dimensionamento e o atendimento da população de forma realmente correta. E foi necessário que a gente realmente tivesse esse tempo, e a gente vem cumprindo esse cronograma de abertura”, completou.
Para viabilizar a abertura, o governo convocou 147 novos profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem e técnicos em nutrição. Até agosto, 120 já haviam se apresentado.
O primeiro bebê nasceu de Jackeline Araújo Silva Pereira, de 24 anos, que saiu do município de São Miguel, no Alto Oeste potiguar. O menino, chamado Bruno, nasceu com 3,5 kg e 51 cm. “Foi um bebê que nasceu por uma cirurgia cesariana, realmente com a necessidade de realizar a cesariana. Ele nasceu bem, e a mãe também está super bem”, explicou o diretor técnico do Hospital da Mulher, Hugo Aguiar.
“Tratava-se, de fato, de uma gestação de risco. E aí a gente não poderia mais postergar o nascimento do bebê. Então, a cesariana foi indicada e realizada com sucesso”, completou.
O hospital atende mulheres de 63 municípios da região Oeste, via sistema de regulação estadual. No total, seis leitos foram inaugurados para partos.
Janaíne Oliveira explicou como será o fluxo para as gestantes. “Logicamente, em alguns momentos, quando o paciente chega por demanda espontânea, a gente acolhe, vai compreender, fazer o atendimento dessa gestante, entender um pouco se realmente ela é uma paciente com esse perfil para cá, como é que a gente pode estar ajudando e contribuindo”, afirmou.
“Especialmente pessoas do nosso entorno, da nossa vizinhança, que geralmente, por ser mais próxima, elas podem ter essa condição de estar procurando o serviço”, acrescentou.
Além das maternidades, o hospital realiza cerca de 30 atendimentos diários no pronto-socorro de urgências ginecológicas e aproximadamente 5 mil atendimentos mensais no ambulatório, incluindo acompanhamento pré-natal.
A estrutura do Centro de Parto conta com cinco leitos para partos normais e um para casos de alto risco, como cesarianas.
“Pensando realmente em utilização da presença do enfermeiro obstétrico dentro da cena de parto. Na verdade, é uma condição que a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde trazem como potencial para diminuir as taxas de intervenções desnecessárias. Então, a gente vem apostando nisso”, explicou Janaíne.
“É bem importante esclarecer que não é que a gente coloque a situação de que toda mulher aqui tem que parir normal, não é isso. Mas a gente compreende que aquelas mulheres que têm possibilidade de ter normal, que elas realmente tenham essas condições favoráveis para que isso aconteça”, completou.
Também foram inauguradas cinco UTIs neonatais e cinco unidades de cuidados intermediários.
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