LITURGIA DIÁRIA: A DOR E O TEMPO DO SENHOR

A Liturgia de hoje nos confronta com o destino dos que anunciam a Boa Nova e nos questiona: quando o Senhor ouvirá o nosso lamento?

Os profetas que anunciaram o Senhor foram declarados santos. Os profetas do Antigo Testamento tiveram seu testemunho guardado e reconhecido como inspirado por Deus. São João Batista foi declarado como o maior de todos os profetas pelo Senhor. Mesmo assim, suas vidas foram de provações e dores.

O profeta Jeremias anunciou mais uma chance de Deus aos filhos que se perdiam em idolatria. São João Batista anunciou o caminho da pureza da Aliança matrimonial ao relutante falso rei que se perdia em devassidão, um constante sinal da idolatria. Duas bênçãos que deveriam ser recebidas com festa, mas que são recebidas com ódio visceral por um mundo que se recusa a ouvir a voz do Senhor.

Os verdadeiros profetas abrem a boca, mas o que sai é a Palavra do Senhor. Aos profetas foi frequentemente avisado que eles sofreriam. Eles fizeram uma escolha decisiva: fazer o que é certo sem se importar com as consequências.

A Liturgia de hoje se apóia no que cantamos no Salmo. É uma mensagem que ecoa pela Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja: não no nosso tempo, Senhor, mas no Seu. Quando é esse tempo? A Revelação em Jesus Cristo nos ensina que esse tempo é nada menos que todo o tempo!

O Senhor ouve as nossas dores. De fato, Ele sentiu todas as nossas dores na Cruz. Deus não está distante. Ele tomou a forma do Servo Sofredor para que, diminuindo a Si mesmo, se tornasse obediente até a morte de cruz e por isso foi exaltado (Fl 2,6-10). Isso significa que o Senhor conhece as nossas dores mais intimamente do que nós mesmos. Não estamos desamparados. Nossas orações não são ignoradas. 

Ser profeta no mundo é garantia de dor. Mesmo assim, o Cordeiro de Deus já nos ouviu e garantiu que, se pudermos beber do Seu Cálice, Ele nos preparou um banquete na eternidade do Seu amor. O tempo do Senhor é agora. Vivamos como profetas em um mundo hostil. A vitória é garantida!

Em Cristo, entregue à proteção da Virgem Maria,

um Papista.

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