Vai sair do meu, do seu, do nosso!

Vai sobrar para o pobre contribuinte brasileiro, já castigado por uma escorchante carga tributária que ultrapassa os 37% do PIB nacional. Em tempos de Operação Lava Jato, que revelou o duto entre as doações para os partidos políticos da base do governo e os superfaturamentos e propinas nos contratos da Petrobras, está faltando financiador na praça para os partidos políticos. Capitaneados pelo PT, maior prejudicado pelo escândalo, os partidos encontraram a solução para seus problemas financeiros no Orçamento da União. Vão tirar “do meu, do seu, do nosso”, na antológica definição do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o dinheiro para cobrir o buraco em suas contas, aberto pelo sumiço dos doadores e agravado pela entressafra eleitoral. Com o apoio do relator-geral da proposta de Orçamento de 2015, senador Romero Jucá (PMDB-RR), eles conseguiram aumentar as verbas do fundo partidário, que destina recursos públicos para a manutenção dos partidos políticos, para R$ 867,6 milhões. A cifra representa três vezes o valor da proposta inicial encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional.

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