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A seca no Nordeste é um problema sócio-político e não climático, pois já existe tecnologia capaz de garantir o sucesso da atividade agropecuária em regiões semi-áridas. Mas o que se criou foi uma indústria da seca que traz lucros aos grandes proprietários, em detrimento da grande massa da população. |
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A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, |
Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão Quando o verde dos teus óio Se espaiar na prantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração.
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muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças. O desemprego nesta região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das pessoas do campo em direção as cidades). Muitas habitantes fogem da seca em busca de melhores condições de vida nas cidades. Estas regiões ficam na dependência de ações públicas assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não gera condições para um desenvolvimento sustentável da região. |
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Quando olhei a terra ardendo Com a fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão |
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A situação de pobreza do Nordeste é ainda agravada pela alta natalidade e pela concentração fundiária.Mais uma vez, a Região Nordeste do Brasil é assolada pela seca, resultado da sobreposição de dois regimes secos. A estiagem estendeu-se por toda a região do Polígono das Secas, que abrange municípios do Sertão nordestino e do norte de Minas Gerais. |
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão Quando o verde dos teus óio
Se espaiar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu pra meu sertão.
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