Faltando 58 semanas para as eleições de 2026, corrida eleitoral já agita bastidores políticos no RN

Com um ano, um mês e quatro dias restando até as eleições de 2026, o cenário político do Rio Grande do Norte já começa a tomar forma com intensidade. De acordo com o calendário eleitoral, este é o período em que as articulações ganham força e os pré-candidatos se posicionam estrategicamente para a disputa de cargos como governador, vice-governador, senadores, suplentes de senadores, deputados federais e estaduais. No RN, as movimentações têm agitado os bastidores e dominado o noticiário político.

Senado: disputa intensa pelas duas vagas

A disputa pelo Senado Federal está entre os pontos de maior tensão no xadrez político potiguar. Com duas vagas em jogo, três nomes de peso já estão assumidamente na disputa. Os atuais senadores Styvenson Valentim (Podemos) e Zenaide Maia (PSD) aparecem bem posicionados nas pesquisas e devem protagonizar uma das vagas. Para a segunda, o embate promete esquentar com a entrada da governadora Fátima Bezerra (PT), que prepara sua licença do cargo para focar na campanha ao Senado. Fátima tem percorrido o estado inaugurando obras e buscando consolidar sua imagem para a transição do Executivo estadual ao Legislativo federal. Até o momento, os nomes dos suplentes de senador ainda não foram oficialmente divulgados.

Câmara Federal: renovação tímida, reeleição em alta

As oito cadeiras destinadas ao Rio Grande do Norte na Câmara Federal tendem a manter a configuração atual. A maioria dos deputados deve buscar a reeleição, com destaque para nomes como Robinson Faria (PL), Sargento Gonçalves (PL), Natália Bonavides (PT), Benes Leocádio (União), João Maia (PP), Fernando Mineiro (PT), General Girão (PL) e Carla Dickson (União). Apesar da movimentação de bastidores, ainda não despontam nomes de peso que possam desafiar essa configuração.

Assembleia Legislativa: metade dos atuais deputados deve ser reeleita

A disputa pelas 24 vagas da Assembleia Legislativa deve seguir o padrão de eleições anteriores, com previsão de que ao menos 50% dos atuais parlamentares conquistem a reeleição. Dois nomes, Zé Dias e Getúlio Rêgo, já anunciaram que não disputarão novo mandato, abrindo espaço para novas lideranças. No entanto, não há, até o momento, concorrentes declarados mirando essas vagas.

Governo do Estado: cenário imprevisível e fragmentado

O tabuleiro eleitoral em torno do Palácio Felipe Camarão promete ser um dos mais movimentados. A governadora Fátima Bezerra, prestes a se afastar do cargo para a disputa ao Senado, prepara a transição do poder ao atual vice-governador, que assumirá o governo e tentará manter o grupo político do PT no comando do estado.

Na corrida pelo Executivo estadual, o atual prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), surge como nome forte, liderando as pesquisas e ocupando o espaço de "fator decisivo" na disputa. Para concorrer ao governo, deverá renunciar ao mandato municipal. Seu desempenho até aqui tem incomodado adversários e consolidado sua posição como um dos favoritos.

Outro nome que vem surpreendendo é o senador Rogério Marinho (PL), liderança do grupo bolsonarista no estado, que aparece na segunda colocação nas pesquisas e ameaça tomar a dianteira da disputa. Sua candidatura representa um contraponto ideológico ao grupo da atual gestão.

Pelo PT, o nome colocado é o de Cadú Xavier, ligado ao grupo da governadora Fátima e do presidente Lula. No entanto, Cadú enfrenta dificuldades para decolar nas pesquisas, onde aparece em quarto lugar, o que tem gerado incertezas dentro do partido sobre a viabilidade de sua candidatura.

Já o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias, com o apoio do atual prefeito da capital, Paulinho Freire, também está no páreo. Álvaro tem uma estratégia clara: percorrer o estado e adotar uma postura de enfrentamento direto aos adversários. Com boa estrutura e capital político, é cotado para chegar ao segundo turno, podendo influenciar decisivamente no resultado final.

Pré-campanha em ritmo acelerado

Com as articulações ganhando força e os primeiros embates públicos começando a surgir, a pré-campanha no Rio Grande do Norte já entrou em ritmo acelerado. Os próximos meses prometem ainda mais movimentações, alianças, desistências e surpresas, enquanto os principais nomes correm contra o tempo para consolidar suas candidaturas e conquistar o eleitorado.

A contagem regressiva começou: faltam 58 semanas e meia para a definição nas urnas. E, pelo visto, o jogo está longe de estar decidido.

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