Rompimento político em Parnamirim expõe crise entre Prefeita Nilda e vice Kátia Pires

O cenário político de Parnamirim, terceira maior cidade do Rio Grande do Norte, vive momentos de tensão após o rompimento entre a prefeita Professora Nilda e sua vice, Kátia Pires. O episódio, que já vinha sendo especulado nos bastidores, ganhou contornos públicos após uma nota divulgada por Nilda em suas redes sociais, onde afirmou ter sido “surpreendida” pelos acontecimentos e reiterou sua fidelidade ao partido União Brasil e ao ex-senador José Agripino Maia.

A nota, no entanto, deixou mais perguntas do que respostas. Sem esclarecer os reais motivos que levaram à ruptura, o comunicado soou superficial e pareceu mais uma tentativa de agradar lideranças políticas do que esclarecer os fatos para a população. Para muitos, o tom adotado por Nilda indica que a preocupação maior foi blindar sua relação com José Agripino e com o União Brasil, minimizando a importância do impacto local e da própria aliança que a levou ao poder ao lado de Kátia Pires.

Apesar da crise, Nilda tenta demonstrar força. Segundo aliados, o rompimento com a vice-prefeita não apenas não abalou sua base de apoio, como a fortaleceu. Prova disso seria o apoio público de 15 vereadores à sua gestão — uma sinalização clara de que, ao menos no campo institucional, a prefeita ainda detém maioria na Câmara Municipal.

Entretanto, o conflito está longe de ser encerrado. A tensão ganhou novos contornos após a exoneração de Carol Pires, filha da vice-prefeita e vereadora em Parnamirim. Em vídeo nas redes sociais, Carol revelou que soube da decisão pelo Diário Oficial e, em tom firme, deixou um aviso enigmático: “Muita coisa vai vir à tona”. A declaração foi encarada por muitos como uma ameaça velada, indicando que bastidores da administração municipal poderão vir à luz nos próximos dias — e que o embate político pode escalar rapidamente.

Nos bastidores, já se fala em “retaliações pesadas” e denúncias que podem comprometer ainda mais o equilíbrio político da cidade. O grupo liderado por Kátia Pires, que há anos possui base sólida e representatividade em Parnamirim, promete reagir e não aceitar passivamente o rompimento.

Em meio à troca de farpas e à instabilidade, quem mais perde é a população de Parnamirim, que ainda aguarda uma explicação mais clara e transparente sobre o que de fato motivou a crise entre as duas principais líderes do Executivo municipal. O que começou como uma ruptura política, pode muito bem evoluir para uma guerra declarada — com consequências imprevisíveis para o cenário eleitoral de 2026.

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