A corrida pelo Governo do Rio Grande do Norte em 2026 começa a ganhar contornos mais definidos, e os primeiros números já acendem alertas entre os pré-candidatos. De acordo com a mais recente pesquisa do Instituto Consult, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), até então apontado como uma promessa em ascensão, já sente o peso da disputa e começa a perder fôlego.
O levantamento revela que o ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), lidera a corrida com 28,41% das intenções de voto. Em segundo lugar, Allyson Bezerra aparece com 17,73%, seguido por Cadu Xavier (PT), atual secretário estadual da Fazenda, com 7,95%. Ainda segundo a pesquisa, 16,36% dos entrevistados não votariam em nenhum dos nomes apresentados, enquanto 29,55% disseram não saber em quem votar.
Diante do cenário desfavorável, Allyson acena com uma estratégia ousada: renunciar ao comando da Prefeitura de Mossoró antes do prazo legal para mergulhar de cabeça na campanha. No entanto, ele condiciona essa renúncia a uma exigência clara — o apoio integral e unificado da oposição, com a retirada das candidaturas de Álvaro Dias e do senador Rogério Marinho (PL).
Mas a realidade no interior também não anima o mossoroense. Em São Paulo do Potengi, por exemplo, a pesquisa mostra que Rogério Marinho lidera com folga. O senador aparece com 35,91% das intenções de voto, enquanto Allyson soma apenas 9,77%, uma diferença superior a 25 pontos percentuais. Na sequência vêm o vice-governador Walter Alves (MDB) com 8,18%, Álvaro Dias com 5,91%, Cadu Xavier com 3,86% e a vereadora Thábata Pimenta (PSOL) com 1,82%. Nesse cenário, 12,73% dos eleitores disseram que não votariam em nenhum dos nomes, e 21,82% ainda estão indecisos.
Com esses números, fica evidente que a oposição segue fragmentada e que, se Allyson quiser se manter competitivo, precisará mais do que vontade: será necessário costurar alianças amplas e encontrar um discurso que reverta a queda de desempenho. O menino de Mossoró, que até pouco tempo era visto como nome promissor para renovar a política potiguar, agora enfrenta o desafio de manter-se relevante diante de adversários experientes e consolidados.
A disputa está aberta, mas os ventos — ao menos por agora — parecem soprar contra o projeto estadual de Allyson Bezerra.
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