O SENADOR ROGERIO MARINHO PL E O PREFEITO DE MOSSORÓ, ALYSON BEZERRA - UNIÃO BRASIL. MESMO QUE NÃO UNA-SE NO 1º TURNO, NATURALMENTE SE ABRAÇARÃO NO 2º TURNO


Fátima Bezerra mira o Senado enquanto sucessão estadual segue indefinida

A governadora Fátima Bezerra (PT) parece repetir a fórmula de sucesso que a levou à reeleição em 2022. Com uma estratégia bem definida, ela não apenas venceu mais uma vez a disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, como também conseguiu derrotar um adversário tradicional: o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT), que concorria ao Senado.

Agora, com o mandato se encaminhando para os últimos dois anos, Fátima já articula seu próximo passo político: a candidatura ao Senado Federal em 2026. Internamente, o projeto principal da atual gestão não é mais a continuidade administrativa por meio da eleição de um sucessor, mas sim a consolidação de Fátima como figura nacional do PT no Senado.

Esse foco em sua própria eleição tem gerado consequências. O vice-governador Walter Alves (MDB), aliado de Fátima desde 2022, já leu corretamente o cenário político: o governo não construiu um projeto sólido de sucessão, e o próprio vice não reúne condições reais de competitividade para disputar o governo estadual. A falta de protagonismo de Walter no governo e a ausência de articulações políticas mais fortes tornam remota qualquer possibilidade de vitória em uma eventual candidatura.

Dentro do governo, o atual secretário estadual Cadu Xavier tem se colocado à disposição como nome para representar a continuidade da gestão petista, mas sua viabilidade eleitoral é questionada até mesmo entre aliados. A falta de estrutura política e capital eleitoral tornam sua pré-candidatura um movimento mais simbólico do que estratégico.

Enquanto isso, o cenário da oposição se desenha com mais clareza. O senador Rogério Marinho (PL) e o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), surgem como os principais nomes na disputa pelo Palácio de Despachos. Ainda que possam iniciar a corrida em lados opostos, a expectativa é de que ambos se unam em um eventual segundo turno, fortalecendo ainda mais a oposição diante da fragilidade do grupo governista.

Em resumo, o governo Fátima Bezerra caminha para priorizar a eleição da própria governadora ao Senado, deixando a sucessão estadual em segundo plano. Esse vácuo político abre espaço para uma disputa polarizada entre os líderes da oposição, que prometem agitar o cenário eleitoral potiguar em 2026.

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