Emilson de Borba Cunha, mais conhecido como “Lula”, carrega em seu legado político a missão de manter viva a representatividade de sua família na Câmara Municipal de Guamaré. Sua trajetória tem início inspirada pelo irmão, Edilson de Borba, o “Peba”, que ocupou uma cadeira no Legislativo guamareense durante a legislatura de 1993 a 1996. Apesar de não ter conseguido se reeleger, Peba plantou as sementes da participação política da família Borba, e coube a Lula a missão de resgatar esse espaço.
Foi em 2004 que Lula conquistou, pela primeira vez, a confiança do povo nas urnas, sendo eleito vereador para a legislatura de 2005 a 2008. Durante esse mandato, destacou-se pela sua habilidade política e liderança, sendo eleito vice-presidente do Poder Legislativo, na chapa encabeçada pelo então presidente Gustavo Santiago. Essa posição de destaque o levou a assumir, de forma interina, a presidência da Câmara.
Na eleição de 2008, Lula foi reeleito para a legislatura de 2009 a 2012. Nesse mandato, foi eleito presidente da Câmara no segundo biênio (2011-2012). No início de 2012, após a renúncia do então prefeito Auricélio e de seu vice-prefeito, Dr. Marcus Túlio, Lula assumiu interinamente o cargo de prefeito, permanecendo à frente do Executivo até as eleições daquele ano, conduzindo o município com responsabilidade e equilíbrio.
Mesmo tendo direito à reeleição para o cargo de prefeito, Lula optou por não disputar o pleito de 2012. Em um gesto de articulação política e confiança, decidiu apoiar Francisco Damião Rodrigues, que manteve a presença de seu grupo no Legislativo até o retorno de Lula em 2016. Naquele ano, Lula foi novamente eleito vereador para a legislatura de 2017 a 2020 e, mais uma vez, foi escolhido presidente da Câmara Municipal para o primeiro biênio (2017-2018), reafirmando sua liderança política em Guamaré.
Durante esse novo mandato, surgiu uma nova oportunidade: com a vitória de Hélio de Mundinho nas eleições para prefeito, mas impedido judicialmente de assumir o cargo, a linha sucessória previa que o presidente da Câmara — no caso, Lula — deveria assumir o Executivo. No entanto, questões jurídicas também impediram que Lula tomasse posse como prefeito naquele momento, frustrando a continuidade de sua trajetória no Executivo municipal.
Em 2024, buscando manter viva a tradição política da família e a representação popular, Lula lançou a candidatura de sua esposa, Celiane de Borba, para a Câmara Municipal. Apesar da expressiva votação recebida, Celiane alcançou apenas a primeira suplência, ficando próxima de conquistar uma cadeira legislativa.
A história de Lula é marcada por resiliência, espírito público e forte influência no cenário político de Guamaré. Sua trajetória é um reflexo do compromisso com a continuidade de um trabalho pautado no diálogo, na articulação e na representatividade popular.
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