UMA SEMANA COM FORTES EMOÇÕES NA POLITICA

Após convite feito pelo ex-governador Garibaldi Filho, aos ex-prefeitos Hélio Willamy, MDB de Guamaré e Dr. Pio X Fernandes, de Luiz Gomes. O ex-senador quer tê-los ao seu lado na nominata do seu partido a câmara dos deputados. Se o nome de Hélio surgiu em meio às articulações dos caciques do partido, é porque o homem é bom para fazer a tabuada somar e se multiplicar.
Hélio goza da aceitação popular na cidade, na região salineira, mato grande e costa branca.

A uma semana para o fim da chamada “janela partidária”, ao menos 50 deputados já mudaram de partido. O PL, legenda que passou a abrigar o presidente Jair Bolsonaro foi a que mais recebeu congressistas até o momento. Já o recém-criado União Brasil foi o que mais perdeu quadros.

A regra, criada pelos próprios políticos, permite que deputados federais, estaduais e distritais mudem de partido sem sofrerem consequências legais. O prazo foi aberto em 3 de março e vai até 1º de abril. Caso um congressista saia do seu partido fora dessa janela, ele pode perder o mandato, que pertence à legenda.

Assim, se inicia uma corrida para a formação de nominatas. Ainda é muito cedo para arriscar qualquer palpite para onde vão desembarcar deputados federais e estaduais. O barco, por enquanto, está à deriva. Com muita gente sem saber AINDA que caminho seguir. Os líderes estão se articulando.

Aproveitando a janela partidária que permite a mudança de legendas para a disputa do pleito eleitoral de 2022 - os deputados George Soares, deixará o PL para se filiar ao Partido Verde (PV).

Tomando igual iniciativa os deputados Hermano Morais, trocará o PSB pelo PV e Eudiene Macedo sai do Republicanos, para se integrar a sigla da representação ecológica (PV). Todos formarão uma nominata para disputarem suas reeleições parlamentares com o compromisso de defenderem a candidatura da governadora Fátima Bezerra em seu projeto de reeleição.

Hoje o Partido Liberal vive um momento de entra e sai de filiados. A sigla precisa fazer pelo menos 200 mil votos para fazer uma cadeira, muitos temem que essa cadeira fique para quem já tem mandato, no caso, João Maia. Situação que retrai novo nomes para a sigla.

Paulinho Freire costurou bem a nominata do União Brasil para deputado federal, conseguiu atrair Benes Leocádio, Carla Dickson e Leonardo Rego. Ainda negociam com outros candidatos. Com esses nomes não é sonhar alto a possibilidade do partido conquistar duas cadeiras.

Paulinho sai de Natal com expressiva votação, é um excelente candidato. Com o mesmo destino partidário, poderão ingressar na sigla do União Brasil - as ex-deputadas Sandra Rosado e Larissa, que respectivamente disputarão uma vaga para deputada estadual e federal.

Até 02 de abril, prazo final para a mudança de partido e a desincompatibilização dos cargos para a disputa da eleição deste ano, ruídos vão surgir diariamente na fala de políticos e na imprensa. Eles não servem para fazer previsões eleitorais, e conduzem, muitas vezes, as análises extremamente equivocadas. O ruído é o evento que pode acontecer, mas ao ocorrer fere parcialmente ou por completo a lógica da política.

A lógica da política, não falo da lógica eleitoral, a qual é mais complexa do que a primeira, não permite emoções. Mas só razão. Ela se move a base da necessidade. Os atores políticos procuram agir para conquistar ou manter o poder. Na lógica política, os atores aptos aproveitam as oportunidades. E os que não estão aptos, as perdem. No cotidiano político estão presentes atores com fortuna (sorte), mas sem virtudes (qualidades) para aproveitar as oportunidades que surgem. E existem, claro, os príncipes, os quais, têm sorte e virtude.

O sábio político é aquele que sabe fazer escolhas e tomar decisões para o futuro, considerando o presente e o passado. O político sábio consegue, através de pesquisas, ou do olhar atento para as evidências contidas no cotidiano, posicionar-se adequadamente entre os seus pares. O sábio político desconfia da oportunidade fácil, das promessas vantajosas e do otimismo eleitoral sem evidência. O político que tem sabedoria acredita em acasos.

Até 02 de abril, três peças são relevantes: o ponte de corte partidário, a nacionalização da disputa eleitoral e o financiamento público de campanha. Os pré-candidatos aos cargos do Poder Legislativo verificarão “quantos deputados o partido faz diante do quociente eleitoral X” e “quantos competidores têm mais votos do que eu”. Esta é a primeira lógica. A segunda é a nacionalização da campanha, a qual, hoje, é condicionada pela polarização lulismo versus bolsonarismo.

Quando o ator político tem como aspecto relevante a nacionalização para fazer as suas escolhas, ele está, simplesmente, verificando se o lulismo faz bem ou mal. Assim como o bolsonarismo. Por fim, diante da crise econômica e do fim do financiamento empresarial, resta o financiamento público. Portanto, candidatos negociam a sua filiação partidária considerando o que terá “para gastar na campanha”. Ao observarmos as três peças que movem a lógica da política, devemos desprezar os ruídos, os quais representam fofocas que não trazem nada de novo para a conjuntura política.

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