PONTO DE VISTA: CADÊ O JOSÉ? CADÊ O JOSÉ? CADÊ O JÁ JÁ?


O ex- senador José Agripino Maia, portador de uma aura aristocrática membro de uma das famílias mais influentes do Rio Grande do Norte, é filho do ex-governador Tarcísio Maia, além de primo do ex-governador Lavoisier Maia.

Dentro deste bastão de privilégio, foi indicado pelo então governador Lavoisier  Maia para assumir a prefeitura de Natal.

Filiado ao PSD, em seguida disputa o governo potiguar contra o ex- governador Aluizio Alves, vencendo o pleito por 57% dos votos.

Persona pública, extremamente ambicioso, politicamente ambivalente seu governo foi marcado pelo o escândalo do Rabo-de-Palha, pelo qual José Agripino teria supostamente instruídos cabos eleitorais a comprar votos de eleitores pobres em favor da candidatura da candidata a prefeita de Natal Vilma de Faria.

Em 1984 apoiava o candidato o seu partido Mário Andreazza, em 1985 foi o primeiro dos governadores eleitos pelo PSD a romper com o partido, ao apoiar Tancredo Neves no colégio eleitoral contra Paulo Maluf.

Fundador da Frente Liberal, mais tarde PFL, que mudou de nome para DEM.

Definia seus muitos compromissos com a ideia de lutas para seu próprio status e objetivos. Foi o artífice para a vitória de sua ex-secretária na coligação PDT/PFL.

Pontuados por silêncios mediativos, sem mais condições açular a opinião pública. Nas eleições de 2018, foi candidato a deputado federal na coligação PDT, PP, PDM, PODEMOS E DEM - mas, não conseguiu ser eleito.

E agora José, fim de semana não tem nada pra fazer. Cadê o José? Cadê o José? Cadê o Já Já.

Acusações:

O ex-senador José Agripino Maia (DEM) teve os bens bloqueados pela Justiça na sexta-feira (13) em razão do processo no qual ele é acusado de ter empregado, no gabinete do Senado em Brasília, um funcionário fantasma. O esquema teria desviado aproximadamente R$ 600 mil de recursos federais. O ex-assessor particular dele Raimundo Alves Maia Júnior (conhecido como Júnior Maia) e Victor Neves Wanderley (conhecido como Victor Souza) também tiveram os bens bloqueados.

Em nota enviada à imprensa, o Agripino Maia classificou a decisão “injusta e desproporcional baseada em acusações inverídicas que ao final do processo restarão esclarecidas”. Ele recorreu da medida junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife (PE).

assessor particular de José Agripino Maia (DEM) que recebia dinheiro do Senado mesmo sem nunca ter sido nomeado na Casa, segundo denúncia apresentada pela procuradoria geral da República, é primo e ex-motorista do senador, além de sócio do deputado federal Felipe Maia numa empresa que comercializa combustível de aviação.

A decisão da 4ª Vara Federal do Rio Grande do Norte atendeu pedido do Ministério Público Federal, que recomendou o bloqueio imediato de valores em dinheiro e, se necessário, de veículos e bens móveis e imóveis dos réus em montante suficiente para garantir o ressarcimento do suposto dano causado.

Denúncia:

De acordo com as investigações, Victor Wanderley ocupou um cargo no gabinete de Agripino Maia entre 11 de março de 2009 a 20 de março de 2016, mas nunca trabalhou de fato como assessor parlamentar. A maior parte do dinheiro que recebia do Senado era repassado para as contas de Raimundo Alves Maia Júnior e de familiares dele, como esposa e filhos.

Dos R$ 590,6 mil desviados durante os sete anos em que Victor Wanderley foi servidor fantasma, ao menos R$ 460,9 mil foram repassados para Raimundo Maia, sua esposa, filha e filho. Do total, R$ 433,8 mil foram transferidos por Victor para a conta de Raimundo por meio de transferência bancária; R$ 6,2 mil foram repassados  para Ester Emerenciano Maia, esposa de Raimundo Maia; R$ 19,8 mil foram repassados para Gabriella Emerenciano Maia, filha de Raimundo Maia; e R$ 1,1 mil foram repassados por Victor Wanderley para Marcelo Augusto Emerenciano Maia, filho de Raimundo Maia.

Na denúncia, a procuradora-geral Raquel Dodge destaca que o senador mantém vínculo de amizade antigo com Raimundo Maia. Entre 2012 e 2014, foram identificadas 905 ligações telefônicas entre os dois. A informação é resultado de quebra de sigilo telefônico autorizada pelo STF.

 – O trabalho prestado por Raimundo Alves Maia Júnior ao Senador Agripino Maia foi remunerado com verbas públicas desviadas do Senado Federal, mediante a prática ilícita de peculato, de acordo com o esquema engendrado por ambos com a participação de Victor Neves Wanderley”, escreveu Raquel Dodge na denúncia.

 Nota de José Agripino Maia

“Por entender a medida injusta e desproporcional, baseada em acusações inverídicas que ao final do processo restarão esclarecidas e tendo em vista que os motivos que ensejaram a decretação de indisponibilidade de bens já foram considerados ilegais e inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, exerço meu direito constitucional de defesa, entrando com o recurso cabível junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, confiando em que a verdade dos fatos se restabeleça.”






CHICO TORQUATO

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