Dentre as afirmativas de Jesus, algumas há que, para entender, é preciso meditarmos em profundidade a seu respeito.
Uma delas é a seguinte: "eu vim para que tenhais vida, e vida abundante."
Será que Jesus trazia vida para quem já estava na vida e vivo?
Certamente que não.
Ele era portador de uma mensagem de vida espiritual para quem se encontrava num contexto de vida mortificada.
A vida espiritualizada, a que Jesus se referia, corresponde a toda atividade da alma que exprime fidelidade ao bem, à alegria, ao trabalho digno, à esperança.
Essa vida interior também se nutre da convivência fraterna na sociedade, do cultivo das virtudes, da eliminação de tudo o que represente viciação, corrupção, morbidez.
Em contrapartida, a morte será indicada por tudo o que insufle ou alimente a traição, a ignorância, a prostituição dos costumes, o desrespeito às bases da família, a exploração do homem pelo homem.
Essa morte moral é fermentada pelo descaso para com os movimentos de progresso de si mesmo, quando se prefere o nivelamento do ser pelas faixas inferiores da alma humana que, em muitas situações, se assemelha aos níveis da selvageria, quando não os ultrapassa.
A vida que Jesus veio trazer não é aquela que faz vicejar corpos esbeltos, mas aquela que faz brilhar almas formosas
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