Comenta-se nos bastidores da política potiguar que o ex-senador e ex-governador Garibaldi Alves Filho (MDB) pretende disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) nas próximas eleições. A possível candidatura representaria um retorno simbólico ao ponto de partida de sua trajetória política, iniciada justamente naquele parlamento.
Garibaldi Filho foi deputado estadual por quatro mandatos consecutivos, de 1971 a 1985, quando deixou a Assembleia para se eleger prefeito de Natal. Depois disso, acumulou uma carreira marcada por cargos de destaque: foi governador do RN por duas vezes, senador da República por três mandatos e chegou a presidir o Senado Federal.
No entanto, apesar da experiência e do nome consolidado na política potiguar, existe um obstáculo jurídico que pode inviabilizar seu plano de retorno à ALRN: a possível assunção de Walter Alves, seu filho, ao cargo de governador.
Walter Alves é atualmente vice-governador do Estado e, em caso de afastamento ou renúncia da governadora Fátima Bezerra (PT), assumiria o Executivo estadual. O problema é que, se isso ocorrer, Garibaldi Filho se tornaria inelegível por força da legislação eleitoral, que veda a candidatura de parentes de até segundo grau do titular do Executivo estadual no mesmo território político.
Esse detalhe jurídico, muitas vezes esquecido nas análises políticas superficiais, pode ser decisivo. Mesmo com a tradição familiar e a popularidade do nome Garibaldi, a possibilidade de inelegibilidade cria incertezas quanto à viabilidade de uma nova candidatura do veterano político potiguar.
Nos bastidores, o tema é tratado com cautela, mas já levanta discussões sobre possíveis estratégias do MDB e os próximos passos de Garibaldi no cenário político estadual.
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