De acordo com informações divulgadas por um blog local, a cidade de Grossos, que atualmente lidera o ranking de arrecadação de royalties da Petrobras, com impressionantes R$ 18,6 milhões recebidos somente no primeiro trimestre de 2025, vive uma realidade contraditória. Apesar da alta arrecadação e dos cofres municipais recheados, a população de Grossos enfrenta sérias dificuldades com a infraestrutura urbana. As ruas estão esburacadas, os esgotos a céu aberto são uma constante e o abandono em diversos pontos da cidade é evidente. A promessa de prosperidade gerada pelos royalties não tem se traduzido em melhorias reais para a qualidade de vida da população local.
Em um cenário que exibe desigualdade entre a arrecadação e os serviços prestados à população, a prefeita de Grossos, Cinthia Sonale (União Brasil), convocou a Câmara de Vereadores para uma Sessão Extraordinária na noite desta quarta-feira (10), marcada para acontecer às 19h30. O objetivo da reunião é pedir autorização para contratar um empréstimo de R$ 16 milhões junto à Caixa Econômica Federal, com possibilidade de garantia da União. O que chama atenção, porém, é que até o momento, a proposta do empréstimo não foi acompanhada de um detalhamento claro sobre como e onde esse valor será utilizado.
O projeto de lei referente ao empréstimo não foi oficialmente divulgado e não apresenta informações que justifiquem essa nova dívida para a cidade. Isso levanta questionamentos sobre a real necessidade de um novo empréstimo, principalmente em uma cidade que já recebe vultuosos recursos de royalties e ainda assim sofre com a falta de infraestrutura básica. A falta de transparência e o silêncio sobre os detalhes do uso dos recursos públicos geram desconfiança entre os moradores, que se perguntam por que, apesar da grande arrecadação, a cidade ainda parece tão distante de alcançar a qualidade de vida que seus cidadãos merecem.
Este cenário coloca em xeque a gestão pública em Grossos e os reais interesses por trás da proposta de empréstimo, já que a população, até o momento, não viu reflexos significativos da arrecadação de royalties em melhorias estruturais. A população espera respostas claras e ações concretas para que os recursos recebidos de fato tragam resultados visíveis e benéficos para a cidade.
Em meio a esse cenário de incertezas, a população aguarda para ver se a Câmara de Vereadores dará seu apoio à proposta da prefeita e quais serão os próximos passos de uma gestão que, até agora, parece mais preocupada em aumentar a dívida do município do que em garantir o básico para seus cidadãos. A pergunta que fica no ar é: com tanto dinheiro entrando nos cofres, onde está o retorno para quem mais precisa?
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