O vice-governador do Rio Grande do Norte, Walter Alves (MDB), aguarda com expectativa a oportunidade de assumir, mesmo que temporariamente, o comando do Executivo Estadual em abril do próximo ano. A governadora Fátima Bezerra (PT) deverá se licenciar do cargo para concorrer ao senado federal, abrindo espaço para que Walter ocupe, pela primeira vez, a cadeira mais alta do Palácio de Despachos.
A posse interina de Walter Alves tem um peso simbólico e histórico para a política potiguar. O vice-governador pertence a uma das mais tradicionais famílias políticas do estado. O cargo de governador já foi ocupado, em diferentes momentos, por seu pai, Garibaldi Alves Filho, e por seu primo, o ex-governador e ex-ministro Aluízio Alves, dois dos maiores nomes da história política do Rio Grande do Norte.
Fontes próximas ao vice-governador indicam que ele acompanha com ansiedade e entusiasmo a possibilidade de chefiar o estado, ainda que por um período curto. Nos bastidores, aliados avaliam que a oportunidade será importante para reforçar sua presença no cenário político estadual e consolidar sua liderança dentro do MDB, partido que ele comanda no RN.
A expectativa é que, durante o período em que estiver à frente do governo, Walter Alves priorize agendas que fortaleçam sua atuação política, com foco em ações que beneficiem municípios do interior e consolidem parcerias institucionais.
Apesar do tom institucional, o afastamento temporário de Fátima Bezerra também tem repercussão no tabuleiro político de 2026. A presença de Walter no cargo, mesmo que breve, é vista por analistas como um movimento relevante para futuras composições e disputas eleitorais.
Até o momento, nem a governadora nem o vice se pronunciaram oficialmente sobre os detalhes da transferência temporária de comando.

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