Montar um novo grupo político em Guamaré pode até parecer uma boa ideia à primeira vista, principalmente diante das insatisfações populares ou da sede de renovação. Mas é preciso ter muito mais do que boas intenções para não transformar esse projeto em um verdadeiro castelo de areia: bonito por fora, frágil por dentro.
A política local tem suas complexidades, alianças históricas, lideranças enraizadas e um eleitorado que, embora deseje mudanças, também carrega memórias e desconfianças. Quem se aventura a criar um novo grupo político sem preparo, articulação e, principalmente, habilidade para dialogar e unir diferentes forças, corre um sério risco de afundar — como quem pisa em areia movediça.
Não basta se juntar com insatisfeitos ou fazer oposição barulhenta. É preciso estratégia, base sólida, discurso coerente e, acima de tudo, compromisso com o povo — e não apenas com projetos pessoais ou vaidades políticas.
Em Guamaré, onde a política é observada com lupa, qualquer passo em falso é cobrado com juros. Por isso, quem quiser formar um novo grupo deve pensar além da crítica: é necessário apresentar proposta, ter liderança de verdade e saber jogar o jogo com responsabilidade.
Caso contrário, será apenas mais um “castelo na areia da praia”: frágil, passageiro e levado embora pela primeira onda de crise ou rejeição.
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