Boatos sobre possível candidatura de Flávio Rocha ao Senado movimentam bastidores da política potiguar


Circula nos bastidores políticos do Rio Grande do Norte a possibilidade de uma aliança que promete abalar as estruturas do atual tabuleiro eleitoral: o ex-deputado federal e empresário Flávio Rocha, dono do grupo Guararapes – controlador das marcas Riachuelo e do Midway Mall – estaria sendo cogitado para disputar o cargo de senador em uma chapa liderada pelo ex-prefeito de Natal, Álvaro Dias.

Embora ainda em estágio embrionário e tratado com cautela por interlocutores próximos, o cenário vem sendo ventilado por aliados dos dois nomes, sobretudo no campo da oposição. A eventual candidatura de Flávio Rocha traria peso político e visibilidade imediata à chapa, além de provocar um rearranjo considerável nas articulações em curso.

Rocha, que já flertou com a política em diversas ocasiões, inclusive com uma breve pré-candidatura à presidência da República em 2018, possui forte inserção no meio empresarial e respaldo em setores conservadores. Seu nome, caso confirmado, poderia catalisar o apoio de lideranças econômicas e fortalecer o discurso da “gestão com eficiência”, frequentemente adotado por candidatos ligados ao setor produtivo.

A possível união com Álvaro Dias, ex-prefeito com forte base em Natal e influência em parte do interior potiguar, representaria uma tentativa concreta de reconfigurar a oposição ao atual grupo governista no estado. Fontes ligadas ao ex-prefeito afirmam que as conversas estão em curso, mas que ainda não há definições.

Nos bastidores, especula-se que o movimento pode acelerar definições em outras pré-candidaturas, inclusive dentro do próprio campo oposicionista, onde nomes como o do deputado federal General Girão e do ex-senador José Agripino Maia vinham sendo ventilados.

A entrada de Flávio Rocha na disputa senatorial – caso confirmada – representaria não apenas uma novidade eleitoral, mas também o retorno de uma figura central no empresariado potiguar ao jogo político, o que, inevitavelmente, traria consequências para alianças já em formação e para o discurso da campanha que se avizinha.

Por ora, tanto Rocha quanto Dias evitam declarações públicas sobre o assunto. Mas nos bastidores, o silêncio pode ser mais revelador do que qualquer desmentido.

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