Como já é de costume, bastam os mininos se encostarem na calçada que a conversa logo toma rumo. E naquela noite de domingo, o burburinho era um só: os festejos da emancipação política de Guamaré. A cidade respira festa, mas nas rodas de conversa, o que dominava mesmo era o nome de um velho conhecido — e cada vez mais querido — da população: o prefeito Hélio.
“Ô homem que não para quieto!”, dizia um, enquanto o outro emendava: “Tá onde mais gosta, no meio do povo.” E era verdade. Entre uma música e outra, entre o cheiro da comida de rua e os sorrisos espalhados pela orla, lá estava ele — presente, acessível, com aquele jeito simples e direto que já virou marca registrada.
Hélio apertava mãos, dava risada, posava pra foto, escutava história. Fazendo o que mais gosta visitando amigos de longa data. E talvez seja por isso que o povo já o apelidou carinhosamente de “Hélio do Povo” — um título que mais parece sobrenome do que apelido.
Enquanto a festa rolava, o que se ouvia nos cantos da cidade não eram apenas os acordes das bandas ou o estouro dos fogos, mas os comentários espontâneos da gente: “Ele tá fazendo o que sabe, e o que gosta de fazer.” E se depender do zunzunzum da calçada, a popularidade do prefeito tá mais em alta que os fogos do encerramento.
E assim vai sendo Guamaré: cheia de história, de festa e de calçada com minino proseando. E enquanto houver povo reunido, o papo — e o nome de Hélio — vai continuar rendendo.



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