O mundo presencia o nascimento de um Papa que carrega em si a marca do verdadeiro pastor: aquele que não teme sujar as mãos nem molhar os pés pelas ovelhas. Ainda bispo no Peru, ele calçou as botas e entrou na enchente para estar ao lado do seu povo, enfrentando a lama, a dor e a perda com a firmeza de quem sabe que a fé se vive com gestos concretos.
Este Papa não conhece distância quando se trata de estar presente. Montado a cavalo, percorreu paróquias isoladas, atravessando campos e montanhas para chegar aos rincões esquecidos, onde muitos já não esperavam por visitas. Sua presença era mais que pastoral; era sinal de esperança.
Agora, elevado ao trono de Pedro, não perde a simplicidade nem o olhar atento aos que mais sofrem. Ele não se fecha nos muros do Vaticano, mas se faz presente nas margens, nos hospitais, nas favelas e entre os que clamam por justiça e misericórdia.
É um Papa que carrega no coração o povo – e no rosto, a marca da missão: ser pai, irmão e amigo dos que mais precisam. Em tempos de incerteza, nasce um Papa que lembra ao mundo que a Igreja é, antes de tudo, uma tenda aberta onde cabem todos os que buscam amor e dignidade.

0 Comentários