REELEIÇÃO PARA DEPUTADO FEDERAL NO RN: QUEM TEM CADEIRA GARANTIDA E QUEM PODE DANÇAR

Nos bastidores da política potiguar, o clima é de apostas — e algumas já são dadas como certezas. Com o tabuleiro eleitoral se reorganizando, figuras conhecidas do Rio Grande do Norte se movimentam para manter suas posições em Brasília, enquanto outras lutam para não desaparecer do mapa político. Entre favoritos, incógnitas e nomes que já parecem fadados ao esquecimento, o jogo pela reeleição no estado ganha contornos de novela política.

Natália Bonavides caminha para a reeleição com folga. Sustentada por uma militância fiel da esquerda, que se mostra resiliente mesmo diante dos altos e baixos do cenário nacional, a deputada do PT ainda goza de prestígio entre movimentos sociais e segmentos progressistas. Sua presença nas ruas e nas redes solidifica um capital político difícil de ser batido.

Na outra ponta do espectro ideológico, o General Girão também não deve ter dificuldades em renovar seu mandato. A extrema-direita potiguar segue firme, e Girão surfa essa onda com naturalidade. Seu nome é quase unanimidade entre os conservadores, que enxergam nele uma voz segura para representar seus interesses em Brasília.

Já João Maia é um capítulo à parte. Político experiente, conhecido por sua habilidade de articulação, ele ainda causa divisão entre analistas. Alguns garantem que sua capacidade de costurar apoios o coloca entre os favoritos à reeleição. Outros, porém, apontam que essa força está mais na retórica do que nas urnas. Ainda assim, sua presença nos bastidores segue ativa e estratégica.

Enquanto isso, alguns nomes começam a desbotar. Benes Leocádio, Fernando Mineiro, Robinson Faria e Sargento Gonçalves parecem ter perdido a tração necessária para manter seus cargos. Enfrentam dificuldades de articulação, desgaste com eleitores e falta de novidade em seus discursos — uma combinação que pode selar suas saídas silenciosas da Câmara, sem direito a discurso de despedida.

Por outro lado, Carla Dickson pode surpreender. Menos comentada nas rodas de apostas, ela pode se beneficiar de um movimento silencioso, mas efetivo. Se conseguir unificar a base evangélica e conquistar parte do eleitorado conservador que flerta com o bolsonarismo de Girão, pode emplacar um retorno inesperado à Câmara, tomando espaço que parecia já ocupado.

No fim das contas, a política no RN segue como sempre: imprevisível. O que hoje parece certo, amanhã pode ser passado. Como uma roleta russa eleitoral, o jogo só acaba quando o último voto for contado. Até lá, o clima é de tensão, expectativa — e muita conversa de bastidor.


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