
O cenário político da esquerda no Rio Grande do Norte ganhou novos contornos — e uma dose extra de tensão — após declarações da vereadora Thabatta Pimenta (PSOL), que admitiu publicamente a possibilidade de entrar na disputa pelo Governo do Estado em 2026. Sem rodeios, a parlamentar afirmou estar aberta ao desafio, o que causou burburinho nos bastidores e acendeu alertas entre lideranças tradicionais do campo progressista potiguar.
A fala de Thabatta, conhecida por seu perfil combativo e sua atuação voltada às pautas sociais e identitárias, pegou de surpresa aliados e adversários dentro da própria esquerda. Até então, o nome da vereadora era ventilado como um possível reforço em disputas legislativas, mas sua disposição em mirar o Executivo estadual altera consideravelmente o xadrez político local.
Internamente, a possível candidatura de Thabatta tem provocado reações divergentes. Enquanto setores mais jovens e militantes de base do PSOL e de movimentos sociais veem na vereadora uma oportunidade de renovação política, outros enxergam a movimentação como precipitada, especialmente diante da liderança ainda consolidada de nomes como a governadora Fátima Bezerra (PT), que deverá atuar como principal articuladora nas próximas eleições estaduais.
O movimento de Thabatta também pode ser interpretado como um recado direto sobre o desejo de oxigenar as estratégias da esquerda no estado, colocando na mesa o debate sobre representatividade, pluralidade e renovação das lideranças. O clima, sem dúvida, esquentou — e as próximas semanas prometem mais articulações, declarações e, quem sabe, novos nomes surgindo no tabuleiro.
De uma coisa, porém, ninguém duvida: Thabatta Pimenta entrou no centro do debate político potiguar, e sua fala pode ter sido o estopim de uma nova fase dentro da esquerda do RN.
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