ESPANHA: COPA DE 82! Hoje faz 33 anos de um Mundial que nunca terminou para os Brasileiros.

“Brasil 82: o time que perdeu a Copa e conquistou o mundo”, os atletas que entraram em campo no estádio Sarriá, em Barcelona, em 5 de julho de 1982 a Seleção enfrentou a Itália, precisando de um empate para avançar à semifinal. Após os 90 minutos com três gols do atacante italiano Paolo Rossi, o sonho tinha acabado: 3 x 2 para os italianos.
O time de 1982 perfilado: (em pé) Waldir Peres, Leandro, Oscar, Falcão, Luisinho e Júnior; (agachados) Sócrates, Cerezo, Serginho, Zico e Éder
Aquela seleção foi tão envolvente, apaixonou tanto as pessoas, que normalmente se busca alguma coisa para justificar o porquê da derrota mais o grupo foi vencedor, mesmo sem levantar a taça. Foi uma seleção marcante. Isso, para a gente que não jogou, não deixa de ser uma conquista, o nosso caneco, o reconhecimento, afinal eram Três campeões, e uma vaga Pela primeira vez na história, 24 países participavam de uma Copa. A Seleção estreou contra a União Soviética. A vitória por 2 x 1, de virada, veio no segundo tempo, com gols de Sócrates e Éder. 
A segunda partida foi diante da Escócia, um consistente 4 x 1, com gols de Zico, Oscar, Éder e Falcão. No terceiro duelo, contra a Nova Zelândia, goleada por 4 x 0. Anotaram Zico, duas vezes, Falcão e Serginho. Na segunda fase, 12 equipes seguiram na disputa, divididas em quatro grupos. O Brasil caiu ao lado de Argentina e Itália. Eram três campeões mundiais e uma vaga na semifinal. “Ninguém esperava que o Brasil não passasse. Assim que a Itália ganhou da Argentina por 2 x 1, todo mundo achava”. O Brasil venceu o clássico com a Argentina, que era a então campeã do mundo, por 3 x 1. A decisão de quem se classificaria para a semifinal
Seleção Italiana na vitoriosa Copa do Mundo de 1982. Rossi é o primeiro agachado, da esquerda para a direita.
ficou entre a “Canarinho” e a “Azzurra”. Falcão celebra o golaço contra a Itália: “Gol-síntese” não foi suficiente Precisando apenas de um empate, por ter melhor saldo de gols, a Seleção começou atrás no placar, 
com um gol de Paolo Rossi aos cinco minutos. Sócrates igualou sete minutos depois, numa arrancada que começa antes do meio-de campo, passa por um drible desconcertante de Zico e um passe perfeito para o Doutor conferir na saída de Zoff. Ainda na primeira etapa, Rossi pôs os italianos na frente. O Brasil foi buscar a igualdade aos 23 do segundo tempo, num lance síntese do futebol daquela equipe. Júnior traçou uma diagonal da esquerda para a direita do ataque, driblou um adversário e rolou para Falcão, na ponta direita da área adversária. A defesa italiana estava bem postada, mas uma ultrapassagem em velocidade de Cerezo pelas costas de Falcão permitiu ao volante simular o passe e, num jogo de corpo, tirar três italianos da jogada. 
A bola ficou alinhada ao pé esquerdo de Falcão, na meia-lua. Ele chutou cruzado e venceu Zoff. “Eu não tinha todo aquele chute no pé esquerdo, não tinha aquela força. Aquele gol foi um desafogo. Pensei: ‘Na pior das hipóteses vamos ficar no 2 x 2’. Foi um gol quase de liberação, de uma luta para chegar à semifinal”, recorda. No entanto, o camisa 20 da Itália estava inspirado naquela tarde e anotou o terceiro dele e dos italianos aos 29 minutos. “Fomos em cima de novo, tivemos chances. Houve uma cabeçada do Oscar e uma do Sócrates. O Zoff fez milagres”. Ao todo, a campanha brasileira terminou com quatro vitórias e uma derrota, com 15 gols marcados e cinco sofridos. A Capa do Jornal da Tarde no dia seguinte à eliminação: retrato do sentimento nacional, o sentimento no dia seguinte foi de abatimento geral. “A gente não tem noção. É como se tivesse acordado sem ter dormido. Parados. Cansados. Evidentemente derrotados. Mas a gente vai se mexendo, juntando os cacos. Estranhamente, foi a primeira e única vez que vimos, nesse período como atleta, como treinador e como jornalista, a imprensa brasileira triste. Chocada. Derrotada como o time. Isso é raro. Por quê? Porque viveram com aquela seleção, se emocionaram. A seleção jogava um futebol bonito, vistoso. Isso fez com que a imprensa sofresse junto. Foi um baque”. A sensação teve o retrato visual imortalizado na 
capa do Jornal da Tarde, que estampou o rosto emocionado de um menino de 10 anos, vestindo a camisa da Seleção, apenas com os dizeres: Barcelona, 5 de julho de 1982.

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