O navio Adamastos, de bandeira liberiana, foi carregado no porto com 50 mil toneladas de soja em agosto. Mas ao sair de um terminal, a embarcação acabou encalhando. Rebocadores foram contratados e levaram o navio do canal de navegação a uma área a 12 km da entrada do porto.
O impasse revoltou os 22 tripulantes do navio. Eles são naturais de sete países: Filipinas, Grécia, Geórgia, Romênia, Egito, Ucrânia e Indonésia. Por e-mail, eles denunciaram para a Marinha as más condições de Durante uma vistoria, a Marinha identificou problemas na estrutura do navio e constatou que o dono da embarcação não pagou as tarifas portuárias nem a empresa de rebocadores que prestou o serviço. A trabalho. Afirmaram que estão há seis meses sem receber salários e que alguns estão há um ano a bordo da embarcação.
Nesta terça-feira (25), fiscais do Ministério do Trabalho subiram a bordo do navio para uma vistoria. Os tripulantes estenderam uma faixa com um pedido de socorro escrito em inglês. Eles alegam que a comida, água e o combustível dentro da embarcação estão no fim.
“Eles têm água para mais um ou dois dias e em relação a comida, eles alguns gêneros, praticamente só arroz e massa. Eles pedem a aplicação da Convenção nº 166 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que seria a reptriação para seus países de origem”, diz o auditor-fiscal do Trabalho, Fábio Lacorte da Silva.
Um relatório será encaminhado pela Delegacia Regional de Trabalho para o Ministério das Relações Exteriores para que o Brasil acione os países envolvidos no impasse, principalmente o dono do navio, que é da Grécia. A carga de soja do navio é avaliada em US$ 18 milhões.
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