MEU PONTO DE VISTA: JUDICIÁRIO VIVE POLARIZAÇÃO COM CELEUMA EM TORNO DE LULA

A polarização política expressa nas urnas, nas ruas e nas redes sociais chegou de vez ao Judiciário. O vaivém judicial em torno da soltura ou não do ex-presidente Lula, que durou cerca de 10 horas nesse domingo (8), pôs em xeque a isenção do juiz Sérgio Moro e de seu novo antagonista, o desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Em comum, a crítica de que extrapolaram suas competências e agiram de acordo com interesses políticos.
Os dois tiveram sua atuação questionada por especialistas e podem ter complicações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que analisa a conduta dos magistrados.
Moro, o inimigo
Desde que centrou fogo em figuras importantes do Partido dos Trabalhadores, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro João Vaccari Neto e, principalmente, o ex-presidente Lula, Moro é tratado por petistas como inimigo, um magistrado a serviço do PSDB, cujo maior intuito é tirar o ex-presidente da disputa presidencial.
Essa crítica foi reforçada pelo PT nesse domingo, quando o juiz federal interrompeu suas férias, em Portugal, para se insurgir contra a decisão de Favreto de libertar Lula. Moro contestou a decisão do desembargador, que está acima dele na estrutura hierárquica do Judiciário, e acionou o também desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do processo que resultou na prisão de Lula, contra a ordem de soltura do ex-presidente.
Decisão de ex-petista
Personagem novo na Lava Jato, Favreto é um velho conhecido na política partidária do PT. Filiado ao partido por 19 anos, integrou os governos Lula e Dilma. Antes de virar desembargador, coordenou a assessoria jurídica do então prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT). Na administração federal, atuou como assessor no Ministério da Justiça quando Genro era o ministro.
Também ocupou cargos de chefia na área jurídica na Casa Civil, sob as ordens de José Dirceu e Dilma Rousseff, na Secretaria de Relações Institucionais e no Ministério do Desenvolvimento Social. Foi nomeado desembargador por Dilma após ser o mais votado em lista tríplice da Ordem dos Advogados do Brasil. Só então ele se desfiliou do PT.
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