Bilhete em garrafa com pedido de socorro é encontrado por crianças em praia do Paraná


Foto: colaboração / Paraná PortalUm navio com bandeira da Ilha de Nassau, nas Bahamas, foi vistoriado pela Polícia Federal no Porto de Paranaguá, no Litoral do Paraná, nesta semana, depois de uma denúncia de maus tratos e trabalho escravo. Pelo menos duas garrafas com pedidos de socorro escritos em bilhetes foram encontradas nas praias do estado na semana passada. As garrafas d’água de plástico de uma marca francesa foram vistas nas praias e ambas continham bilhetes com o mesmo apelo: uma denúncia de que o navio Captain V.Livanos transportava uma tripulação de escravos – trabalhadores que não teriam recebido por quatro meses salários prometidos pela empresa responsável e estariam sofrendo maus tratos. Uma das garrafas foi encontrada na Praia Brava de Caiobá (PR), por Luana Vieira, de 12 anos, e Theo Vieira, de 14. A mãe deles, a ortodontista Sabine Vieira encaminhou imagens do bilhete à administração do Porto de Paranaguá. A autoridade portuária verificou que o navio iria realmente atracar no porto no último sábado (9). A Capitania dos Portos da Marinha foi avisada e informou que já havia recebido uma denúncia semelhante no dia anterior. Um policial militar encontrou outra garrafa com um bilhete na praia de Guaratuba, também no Paraná. O bilhete em inglês começa com uma frase: “nós precisamos de ajuda”. Ele pede que o navio seja interceptado e também denuncia que outros quatro navios também teriam situações irregulares. Sabine Vieira conta que achou, inicialmente, que era uma brincadeira. “Eles estavam na praia, meus dois filhos passeando à beira-mar, próximo às pedras, pertinho do Mappin em Caiobá, viram uma garrafa boiando no rasinho, e viram que tinha uma carta em inglês. Eles trouxeram até mim no guarda-sol e, num primeiro momento, achei que era uma brincadeira, não dei muito crédito. Comecei a me interessar e li a carta. A carta continha muitos detalhes da embarcação, com um pedido de socorro dizendo que há quatro meses a tripulação não recebia salários e também com problemas de acomodação para os familiares da tripulação e pedia que quem recebesse que encaminhasse para uma autoridade portuária”,

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