ENCONTRO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA EM PROTEÇÃO, DEFESA CIVIL E GUARDA CIVIL EM GUAMARÉ

Durante muito tempo acreditou-se que o Brasil não precisava se proteger com relação aos desastres socioambientais. Afinal, o Brasil, país abençoado por Deus e pela natureza, não teria razões para desenvolver processos de gestão de riscos e mecanismos de proteção e resposta a esses eventos. Grandes desastres, inúmeras mortes e dispendiosos danos foram necessários para rever essa concepção equivocada e procurar introduzir o tema da redução de riscos nas políticas públicas e no cotidiano da população. Os desastres de grande intensidade forneceram certa visibilidade às incontáveis ocorrências relacionadas a esses riscos atendidas pelos órgãos municipais. Hoje, no Brasil, mais de 3 milhões de pessoas moram em áreas urbanas suscetíveis a inundações e deslizamentos. Ciclicamente, o país é afetado pela seca e pela estiagem e por outras ocorrências, que impactam socioeconomicamente a população de diversos estados. Riscos estão sendo continuamente produzidos naqueles municípios onde não há um desenvolvimento urbano focado nessas problemáticas. Sendo assim, eventos de pequena magnitude são registrados todos os dias e, com isso, permanece a previsão de que o número de desastres e seus impactos tende a aumentar, como já é possível observar nos últimos anos. Sabemos que os desastres não se limitam a camadas sociais específicas, entretanto, é evidente que esses eventos incidem mais fortemente sobre as camadas mais pobres da população, gerando danos, prejuízos e sofrimentos, difíceis de serem superados pelos atingidos. No que se refere ao debate sobre as causas dos desastres socioambientais, há algum tempo se discute a relação entre esses fatores e os modelos de desenvolvimento socioeconômico adotado pelos países, que promovem e sustentam desigualdades sociais, e diferenças de acesso aos serviços e meios de sobrevivência.

OBJETIVOS

Praticar e difundir em três dias, na forma de oficinas (atividades práticas), as principais experiências que Guamaré, Palmares e municípios convidados, possuem na área de gestão de risco, resposta a desastres e ajuda humanitária, gerando uma sinergia que favorece a cooperação técnica para desenvolvimento técnico-operacional de cada participante. O contato com outras organizações, além de gerar troca de práticas e saberes, possibilita também o estreitamento dos laços de amizade, fortalecendo o sistema como um todo.
Colaboração: 
Secretaria de Segurança

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